Não meças o amor pelo tempo que dura;
Ontem amei-te mais nessa hora tão ligeira,
Senti maior prazer, gozei maior ventura,
Do que se ao pé de ti passasse a vida inteira.
Deixa que esta paixão termine com o dia,
Efémera recém-nascida à madrugada,
E que ao cair do sol, nessa hora de poesia,
Deixou pender no chão a fonte desfolhada.
Efémera recém-nascida à madrugada,
E que ao cair do sol, nessa hora de poesia,
Deixou pender no chão a fonte desfolhada.
Fiquemos sempre assim, um ao outro ignorados
Nestas vagas regiões duma paixão nascente.
Sigamos cada um caminhos separados;
Com uma hora de amor a alma é já contente.
Nestas vagas regiões duma paixão nascente.
Sigamos cada um caminhos separados;
Com uma hora de amor a alma é já contente.
Júlio Dinis - Lisboa, 1869
4 comentários:
Lindo...
Não conhecia...
Adorei o poema.
Bjinhos miga.
Espero que os exames estejam a correr bem :)
Hannah:
obrigado,faz parte de uns que fui juntando,e que ainda hoje releio.
Qto aos exames,xiiiii,têm corrido bem,pois...os que vou,porque os que falto...la la la la la :P :)
Beijinhos,amiga
Lindo...
Bj
;)
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