sábado, 8 de setembro de 2007


Durante toda a vida normalmente os homens só entram em contacto com um certo tipo de mulher e uma mulher com certo tipo de homem. Como se um tipo de mulher fosse predeterminado para cada homem e um tipo de homem para cada mulher, acontecem os divórcios, separações…após se verificar o engano.
De facto não se vê nenhum tipo de mulher nem de homem, mas apenas tipos de acontecimentos. Aquilo de que se fala, refere-se ao tipo real, isto é à essência. Se as pessoas pudessem viver na sua essência, um tipo de homem, encontraria sempre o tipo de mulher que lhe corresponde e nunca haveria falsa conjunção de tipos.
Mas as pessoas vivem com a sua personalidade, que têm os seus próprios interesses, os seus próprios gostos. Estes nada têm em comum com os interesses e gostos da essência. A personalidade em tal caso, é o resultado do mau trabalho dos centros. Por essa razão pode-se não gostar do que a essência gosta, e gostar precisamente do que a essência não gosta. É aqui que começa o conflito entre essência e personalidade. A essência sabe o que quer, mas não pode explicar. A personalidade não quer nem mesmo ouvi-la e não leva em nenhuma conta os seus desejos. Tem os seus próprios desejos e age ao seu modo. Mas ai termina o seu poder.
Depois de um modo ou de outro, as duas essências, a do homem e a da mulher que vivem juntas, passam por exemplo a odiar-se. Nesse domínio, não há comédia possível; de qualquer modo é a essência, o tipo, que finalmente predomina e decide.







P.D.Ouspensky in' Fragmentos de um ensinamento desconhecido'

2 comentários:

Lord of Erewhon disse...

Não confies em intelectuais cristãos... falam muito do amor que não conhecem... a sua amada preferida é um dildo chamado: crucifixo.

dreams.and.nigthmares disse...

Lord of erewhon:
loooooooool
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