O homem constrói casas porque está vivo, mas escreve livros porque se sabe mortal. Ele vive em grupo porque é gregário, mas lê porque se sabe só. Esta leitura é para ele uma companhia que não ocupa o lugar de qualquer outra, mas nenhuma outra companhia saberia substituir. Ela não lhe oferece qualquer explicação definitiva sobre o seu destino, mas tece uma trama cerrada de conivências entre a vida e ele. Ínfimas e secretas conivências que falam da paradoxal felicidade de viver, enquanto elas mesmas deixam claro o trágico absurdo da vida. De tal forma que nossas razões para ler são tão estranhas quanto nossas razões para viver. E a ninguém é dado o poder para pedir contas dessa intimidade.
Daniel Pennac,in 'Como um Romance'
4 comentários:
Resumindo... até o proprio homem está longe de se conhecer a si mesmo, pois é preciso despertar regressar ao fundo de si mesmo para que um dia quem sabe... de o melhor de si ao mundo e este lhe de vida durante seculos...
belos posts!
Dream Alive:
Bem vindo :)
Não diria melhor,nem mais nem menos.Boa analogia.
E obrigado :)
Beijinhos
Desde que não seja o meu pé de laranja lima, tudo bem.
Paivs:
O meu pé de laranja lima nao é garantidamente um livro de eleiçao para mim :)
Bj
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