sábado, 11 de abril de 2009


Desviou-se o paralelo um quase nada
e tudo escureceu:
era luz disfarçada em madrugada
a luz que me envolveu
A geométrica forma de meus passos
procura um mar redondo.
Levo comigo, dentro dos meus braços,
oculto, todo o mundo.
Sozinha já não vou. Apenas fujo às negras emboscadas.
Em cada esfera desenho o meu refúgio
— as minhas coordenadas.





Fernanda Botelho, de Coordenadas Líricas

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