Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Mário Quintana in "A Rua dos Cataventos"
1 comentário:
Ótimo poema. Que bom que ainda tem quem faça coisas tão boas e quem leia, poucos, mas tem.
Desejo seguir teu blog
Abraço do
Chico
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